Hoje é o 25 que tanta gente fez sonhar
Depois do 24 que há gente ao qual quer voltar
Eu não diria tanto mas a verdade
É que chega de ilusão,
Tudo começou numa revolução.
Foi de madrugada, saíram do quartel
Acreditaram que a liberdade era mel
Na rádio um sinal de esperança
Desaparecido nesta pobre herança.
Do 25 fazem festa, os eternos sonhadores
Gastam o latim em louvores,
Tudo é felicidade, tudo é vermelho
Mas nunca se olham ao espelho.
Os cravos por todo o lado, cheira a liberdade
Coisa pouca pra tanta felicidade,
O progresso não disfarça a amargura
De tanta mentira que perdura.
Agora eles atacam de novo
Esperaram a sua hora de quebrar o ovo
Não os saudosos do 24 cadeado
Mas do 26 de democracia disfarçado.
Agora é mais à descarada
Nesta liberdade amordaçada,
A ironia tomou conta do destino,
Os que cantavam um mundo novo no passado
São agora os donos deste triste fado.
Prefiro o outro 25
Porque deste, do ouro se fez zinco,
Da esperança fez-se desilusão,
Sempre a ilusória canção.
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