Na janela molhada, o som de sentimentos
As batidas cadenciadas a abrirem as portas da saudade
Passadas imagens, eternos momentos
Que foram e são relíquias de felicidade.
No céu cinzento de onde cai a chuva em nostalgia de outrora
As cores apagadas, na rua antes os sorrisos de crianças
Aventuras duma história que no tempo se demora
Que no tempo restam as memórias das lembranças.
Do inverno, os agasalhos em rua branca de branca neve
As manhãs frias, as mãos geladas e o vento irrequieto
O chão molhado a fazer escorregar forte, por vezes ao de leve
As gargalhadas com as partidas do tempo incerto.
Na primavera o cantar das aves, a chegada das andorinhas
A abertura encantada de campos em quadros de flores
As crianças libertas em aventuras sozinhas
O desabrochar dos primeiros amores.
No verão, a rua império dos petizes
Barulho feliz que faz a vida correr de esperança
Sorrisos e brincadeiras, antídotos contra crises
A origem de eterna lembrança.
Com o outono as folhas a anunciarem a partida
A rua deixa de ser palco animado
Ficam as imagens em eterna recordação vivida
Do eterno tempo recordado.
Lá fora cai a chuva devagar
Ao som de cada momento que já não volta
Do tempo em que se podia amar ou detestar
Sem provocar ilusão ou revolta!
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